No texto abaixo é possível ter uma idéia do atraso monumental por parte do governo brasileiro sobre os carros elétricos, quem estiver disposto a comprar um deve desembolsar mais de cem mil reais, realmente o Brasil caminha para trás em várias áreas mas nesta dos veículos elétricos existem mais coisas entre o céu e a Terra do que a nossa vã filosofia possa imaginar, como dizia Shakespeare, lobby de quem para o governo engavetar os projetos? Como sempre a mola propulsora de Brasilia são as malas cheias de dólares, euros, reais e qualquer outra moeda que possa virar mansões no Lago Sul.
Texto do G1 agora de fevereiro deste ano.
Edição do dia 07/02/2013
07/02/2013 22h51 - Atualizado em 08/02/2013 01h20
Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos, já existem aproximadamente 200 mil unidades circulando pelo mundo. No Brasil, apenas 70 foram emplacadas, sendo que maioria absoluta (68) foi adquirida por empresas.
O maior problema é a elevada carga fiscal que incide sobre carros elétricos a bateria. Enquanto os híbridos importados são taxados praticamente como carros convencionais (as alíquotas variam de acordo com o tamanho do dispositivo elétrico de cada motor), com preço final de aproximadamente R$120 mil, os modelos a bateria sofrem com a sobreposição de impostos que inviabilizam a compra.
Por exemplo: um modelo esportivo japonês sem nenhum luxo ou acessório sofisticado paga 120% de impostos para entrar no país. Com o preço final de aproximadamente R$ 200 mil, o modelo acaba virando objeto de decoração nas concessionárias.
Em todos os lugares do mundo onde os carros elétricos a bateria chegaram com força, houve contrapartidas fiscais dos respectivos governos. Isso se justifica pelos benefícios ambientais (emissão zero de poluentes e ruído) que reduzem custos indiretos na área da saúde.
É evidente que a melhor solução para a mobilidade urbana são os meios de transportes públicos de massa eficientes, baratos e rápidos. No país em que a frota automobilística se expande em progressão geométrica, porém, elevando a emissão de poluentes e a necessidade de o governo importar gasolina, com efeitos colaterais importantes sobre a economia, é bem-vindo o debate sobre carros elétricos.