LIGA DAS FLORESTAS - O GREENPEACE CONTA COM VOCÊ

PARINTINS E A POBREZA



Parintins é um município brasileiro do estado do Amazonas. O segundo maior do Estado e um dos pontos turísticos mais importantes da Amazônia. Trata-se de um dos principais Patrimônios Culturais da América Latina.

Todos os anos ocorre o tradicional Festival Folclórico de Parintins, com o desfile dos bois Caprichoso e Garantido . Sua padroeira é Nossa Senhora do Carmo. O festival é uma manifestação folclórica conhecida no Norte do país como Boi Bumbá.

Está localizada à margem direita do rio Amazonas, na ilha Tupinambarana.

A vegetação, típica da região Amazônica é formada por florestas de várzea e terra firme, tendo ao seu redor um relevo composto por lagos, ilhotes e uma pequena serra
Distante de Manaus 420 km por via fluvial, a viagem é feita em barcos regionais em redes ou camarotes, são 15 h descendo e 27 h subindo o Rio Amazonas (Parintins-Manaus), por via aérea em torno de 1 hora de vôo.

A renda per capita média do município diminuiu 10,69%, passando de R$ 102,71 em 1991 para R$ 91,73 em 2000. A pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 75,50, equivalente à metade do salário mínimo vigente em agosto de 2000) cresceu 1,00%, passando de 68,1% em 1991 para 68,8% em 2000.

Habitação


Acesso a Serviços Básicos, 1991 e 2000
1991 2000
Água Encanada 29,7 40,1
Energia Elétrica 66,2 67,6
Coleta de Lixo¹ 18,2 52,5
¹ Somente domicílios urbanos



Acesso a Bens de Consumo, 1991 e 2000
1991 2000
Geladeira 34,8 47,6
Televisão 38,7 55,0
Telefone 10,8 15,6
Computador ND 1,1
ND = não disponível


O município de Parintins faz parte do maior sistema fluvial do mundo, a Bacia Amazônica. O Rio Amazonas é o maior rio em volume de água do mundo com um deflúvio médio anual estimado em 250.00 m3/s.

No trecho compreendido entre a foz do Rio Nhamundá e a cidade de Parintins a sua largura é de aproximadamente 50km e profundidade . O grande rio representa a via de escoamento e abastecimento, a grande estrada hídrica que liga Parintins a capital do Estado e ao Oceano Atlântico.

O CAOS NA AMAZÔNIA





A área de abrangência da Amazônia Legal, corresponde em sua totalidade os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e, parcialmente, o Estado do Maranhão e perfazendo uma superfície de aproximadamente 5.217.423 km2.

De acordo com dados do IBGE, a área conhecida como Amazônia Legal é a responsável pela produção de quase 40% de carne e soja no Brasil.

O agro-negócio não se resume à área do cerrado da Amazônia, e já avançou à floresta; dados oficiais mostram que, no caso da pecuária, 73% das 74 milhões de cabeças de gado são criadas no bioma Amazônia, e o avanço é grande em regiões como Mato Grosso, Rondônia e Pará, líderes em desmatamento.

Na semana passada, dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirmaram o que já se antecipava desde o início do ano: a derrubada de árvores voltou a crescer com força total.

Embora ainda faltem três meses para a divulgação do índice relativo a 2008, as medições já apontam para um aumento de 17% no desflorestamento em relação ao ano passado.
A área atingida chega a 5 850 quilômetros quadrados, o equivalente a quatro vezes o município de São Paulo. Considerando-se que o período de julho a setembro é justamente aquele em que mais se desmata, pois a escassez de chuvas favorece as queimadas e a circulação de veículos para o transporte de madeira, o saldo final do estrago pode chegar a 20.000 quilômetros quadrados, recorde dos últimos quatro anos.
Tais dados preocupam, mas não surpreendem. Elas demonstram a ineficiência do controle do desmatamento na Amazônia. Nenhum governo até hoje elaborou um plano consistente para a ocupação da região, um projeto que concilie o desenvolvimento do agro-negócio com a preservação da maior floresta do planeta.

O governo incentiva o desmatamento ao promover assentamentos de sem-terra que, sem ter como sobreviver com a lida da terra, derrubam árvores para vender a madeira.
A última regra criada pelo governo para a Amazônia, a suspensão do crédito rural aos produtores agrícolas que tenham desmatado sua propriedade além do limite permitido, prevista para entrar em vigor em julho, está agora sendo amenizada pela exclusão de áreas consideradas fora do bioma amazônico.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso abriga dezenove dos 36 municípios que mais desmataram áreas da Floresta Amazônica no último semestre.

Nas duas últimas décadas, 129.000 quilômetros quadrados da floresta — mais de um terço da devastação total ocorrida no período — desapareceram naquela região.

Cerca de 40% da cobertura florestal do estado já foi eliminada, o dobro do índice global de desmatamento da Amazônia.

Em lugar de clareiras abertas no meio da floresta, o que se vê do alto são pequenas ilhas de mata espalhadas ao longo de imensas áreas de pasto e de plantações de soja.
Ao contrário do que se vê no Pará, a ocupação da porção amazônica de Mato Grosso está longe de ocorrer em clima de faroeste. Ela é resultado da expansão da fronteira agrícola, que, a partir da década de 1970, transformou as regiões de cerrado do Centro-Oeste no principal celeiro de produção de alimentos do país e, nos últimos anos, extrapolou para o interior da floresta.

No norte do estado, é possível identificar os primeiros resquícios do bioma amazônico. A vegetação rala e de arbustos típicos do cerrado é aos poucos substituída por árvores mais altas e frondosas até a formação da mata densa.

O VELHO OESTE NA AMAZÔNIA





São Félix do Xingu lidera há sete anos o ranking nacional de desmatamento e, se depender da vontade da maioria dos moradores, o que resta da floresta vai abaixo quanto antes abrindo espaço ao pasto necessário para a expansão do rebanho bovino.

São Félix impressiona não apenas pelas dimensões da devastação - 15000 quilômetros quadrados, área de dez vezes maior que cidade de São Paulo -, mas também pela velocidade com que desmata. Metade da área foi derrubada nos últimos sete anos.
Nenhum outro município amazônico consegue destruir a natureza em ritmo tão acelerado. O segundo colocado no ranking do desmatamento, Paragominas, também no Pará, levou mais de trinta anos para devastar 8500 quilômetros quadrados de floresta.
A explosão do desmatamento é conseqüência direta do avanço da agropecuária. O município é hoje dono do maior rebanho bovino do país. O número de cabeças de gado triplicou nos últimos oito anos. Foi de 680 000 em 2000 para 1,7 milhão em 2007.
Mas a riqueza derivada da atividade econômica não se reflete na cidade, com ruas esburacadas e, em sua maioria, sem calçamento.
São Félix do Xingu é um lugar de superlativos. Sua área é a segunda maior do Brasil (só perde para Altamira, município do qual se desmembrou em 1961).
Os 60 000 moradores espalham-se por um território 56 vezes superior ao disponível para os 10 milhões de paulistanos. No papel, com certidão passada em cartório, São Félix do Xingu é ainda maior.
Os interventores descobriram que o registro de imóveis da cidade funcionava como uma fábrica de títulos de posse frios. Em geral, a posse real da terra é de quem a ocupou primeiro. Os demais supostos donos usam o título como garantia para obter empréstimos oficiais.
Como é de esperar numa região em que os títulos de propriedade são incertos, São Félix do Xingu é a campeã nacional em homicídios decorrentes de conflitos fundiários. Os assassinatos são feitos por justiceiros e pistoleiros que garantem a ocupação de terras públicas e a apropriação de recursos naturais, como a madeira.

O programa de reforma agrária desenvolvido pelo governo federal já assentou 1,3 milhão de famílias no meio da floresta. Grande parte dos assentamentos se transformou em favelas rurais. Esses assentados são responsáveis por 20% do desmatamento da Amazônia e por boa parte das queimadas que ocorrem na região. A saída seria suspender a criação de novos assentamentos e adotar mecanismos de viabilização econômica dos já existentes.

Estima-se que 20% das áreas desmatadas da Amazônia, que já abrigaram pastagens, estejam agora abandonadas. Essas áreas podem ser recuperadas, mas o custo para isso é alto. Sai mais barato comprar terras novas e
desmatá-las. Isso pode ser revertido com a criação de linhas de crédito
específicas para a recuperação e a reutilização de terras degradadas.

OS FAZENDEIROS DO SUL DO BRASIL




No fim da década de 60, sob a justificativa de que era preciso ocupar a Amazônia para evitar sua internacionalização, os governos militares distribuíram terras e subsídios a quem se dispusesse a se embrenhar na floresta. A ação atraiu para o lugar pequenos agricultores e pecuaristas do Sul e do Sudeste. Desde então, a agropecuária floresceu onde antes só havia a atividade extrativista.

Atualmente, 36% do gado bovino e 5% das plantações de soja do país encontram-se na região amazônica. Investir ali é um ótimo negócio. As terras custam até um décimo do valor no Sudeste. As linhas de crédito dos bancos oficiais oferecem juros anuais subsidiados na faixa de 5% a 9% – contra 26% a 34% em outras regiões. A fartura de chuvas faz com que o pasto viceje o ano todo e, em conseqüência disso, os bois atingem a maturidade para abate um ano mais cedo.

Nas últimas duas décadas, a expansão do agro-negócio fez com que as lavouras e pastos avançassem cada vez mais pela floresta, contribuindo para o desmatamento. Sabe-se que a mata amazônica já perdeu 17% de sua cobertura original. As imagens de satélite revelam que quase 40% dessa devastação foi realizada nos últimos vinte anos. Surge aí a questão: quanto é aceitável desmatar para dar lugar ao agro-negócio? Ninguém sabe, porque nenhum governo produziu um plano de longo prazo para a ocupação da Amazônia.

Mas uma coisa é certa: os fazendeiros estabelecidos na região não são criminosos porque derrubam parte da floresta para tocar seu negócio. Eles contribuem para o desenvolvimento da Amazônia, criam empregos e somam pontos ao PIB do país.

O que precisa ser combatido é o desmatamento selvagem, feito à sombra dos órgãos ambientais, muitas vezes por grileiros de terras públicas que não hesitam em sacar da pistola contra quem se opõe a seus interesses. As estatísticas mostram que as toras retiradas ilegalmente da Amazônia chegam a 80% de toda a produção madeireira da região.

Antes de serem vendidas em outros estados do Brasil e no exterior, essas toras são "legalizadas" por meio de documentos forjados. Já os fazendeiros e madeireiros que cortam madeira dentro da lei submetem-se a um plano de manejo sustentável aprovado pelo Ibama e pelas secretarias estaduais de Meio Ambiente. O plano determina a quantidade de madeira a ser retirada e replantada. Esses empresários não são inimigos da floresta.



OS NÚMEROS DO CADASTRO NACIONAL DE FLORESTAS PÚBLICAS


As florestas públicas representam 25 % do território brasileiro, equivalente a 210 milhões de hectares ou ainda uma área quatro vezes maior do que a França.

Quando o cadastro do Serviço Florestal Brasileiro estiver completo teremos 300 milhões de hectares ou 35 % do território brasileiro como florestas públicas.

"Um grande problema são algumas áreas que no papel são terras públicas, mas que de fato estão ocupadas, tomadas pelo setor privado. Muitas dessas terras são alvo de posseiros",
Nas áreas ocupadas ilegalmente ocorrem desmatamentos e exploração ilegal de madeira, por exemplo.
Florestas públicas são todas aquelas que existem em terras públicas.
Elas podem ser destinadas a três finalidades:
1) unidades de conservação, como parques ou Florestas Nacionais;
2) uso comunitário, como terras indígenas, terras de quilombolas ou assentamentos;
3) concessão florestal.

Somos um povo da floresta.

PRESERVE A AMAZÔNIA, SALVE O MUNDO.

A AMAZÔNIA E SEUS MISTÉRIOS




Lugares paradisíacos e paisagens urbanas misturam-se nesta vasta região. A tranqüilidade e o mistério da floresta contrastam com o ritmo intenso de Manaus e Belém.

Ao longo de ruas das cidades, seus edifícios coloniais, descobrimos um pouco de nossa História.

Tudo isto faz da Amazônia, um destino obrigatório para todos que buscam encontrar o paraíso aqui na Terra..


Distribuída ao longo de nove países – Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela –, a floresta amazônica constitui um dos maiores paraísos naturais de todo o planeta.

Quando falamos da Amazônia, geralmente pensa-se no Brasil, idéia bastante razoável, uma vez que 3,3 milhões dos 5,5 milhões de quilômetros quadrados da floresta tropical encontram-se no nosso país.

A descoberta desta imensa selva deve-se ao navegador espanhol Francisco Orellana que, em 1542, embarcou numa magnífica aventura: navegar o rio Amazonas a bordo de uma chalupa.

Partindo do Peru, atravessou os Andes e seguiu o seu percurso até desembocar no Oceano Atlântico. Embora ele buscasse ouro, na verdade Francisco Orellana encontrou tesouros bem mais valiosos.

Ele relata inúmeros animais e lugares paradisíacos, bem como das míticas amazonas, mulheres musculadas de pele branca que, de forma corajosa, combatiam ao lado dos homens.

Uma das lendas da Amazônia atribui o nome da floresta a estas guerreiras. Há também quem associe o nome da floresta à palavra indígena “amassunu” que significa “ruído de águas”.


Posteriormente, em 1616, os portugueses chegaram, expulsando franceses e holandeses que aí se tinham fixado. Ao estabelecerem novas feitorias e missões religiosas, os portugueses conseguiram, aos poucos, conquistar parte da região, até que, em 1850, D. Pedro II criou a província do Amazonas.

No começo do século XX, a exploração da borracha serviu de alavanca econômica para a região. Terminado o ciclo da borracha, quando os seringais passaram a ser cultivados nas colônias inglesas e holandesas do Oriente, em especial na Malásia, o Amazonas entrou em decadência econômica. A estagnação durou até 1950, ano em que o Estado, por iniciativa do Governo Federal, começou a implementar novas políticas de recuperação do norte brasileiro.

Paraíso natural

Rica em milhares de espécies vegetais e animais, a Amazônia oferece aos seus habitantes todos os recursos essenciais à sua sobrevivência.

Considerada o “pulmão do mundo” pela sua variedade e quantidade de espécies arbóreas, a Amazônia é também rica pela quantidade de água doce que possui. Na floresta encontramos 15 por cento de toda a água doce do planeta.

Cerca de 80 por cento dessa água está em território brasileiro, constituindo uma das suas maiores riquezas.

O rio Amazonas, com os seus cerca de 6700 quilômetros e 1000 afluentes, compõe a maior bacia hidrográfica do mundo. Fonte de grande riqueza natural e responsável pela ligação das várias regiões da floresta, o Amazonas nasce no Peru, na Cordilheira dos Andes e passa pelo Equador e pela Colômbia antes de entrar no Brasil.

Em alguns pontos chega a atingir 20 quilômetros de largura e uma profundidade de 100 metros. Depois de entrar no Oceano Atlântico as suas águas só se tornam salgadas a 200 quilômetros da foz. Na época das chuvas, o rio sobe mais de 10 metros, obrigando assim as povoações ribeirinhas a erguerem as suas casas sobre palafitas.

Localizada à altura do Equador, a Amazônia tem um clima quente e úmido, com temperaturas anuais que variam entre 21ºC e 42º.

A umidade elevada durante todo o ano favorece a formação da cobertura vegetal de floresta, com árvores de grande porte e folhagens sempre verdes. As chuvas são muito abundantes e, em determinadas épocas do ano, provocam enchentes, inundando vastas regiões e fertilizando a terra.

Infelizmente, este paraíso natural enfrenta um grave problema: a extinção de algumas das suas espécies.

A exploração desordenada, a degradação do meio ambiente, a caça predatória e a venda ilegal de animais são os principais responsáveis pelo aumento da lista de espécies em perigo de extinção.

Nos últimos 50 anos foram destruídos cerca de 800 mil quilômetros quadrados de floresta.

Turismo na selva

Os turistas que visitam a Amazônia têm ao seu dispor uma enorme variedade de propostas, desde as expedições ao interior da floresta aos passeios turísticos e culturais pelas grandes cidades da região.

O turismo de natureza é um dos principais atrativos dos roteiros da Amazônia. Durante as expedições, o visitante tem a oportunidade de conhecer, aprender e valorizar a importância da vida tropical e respeitar os seus habitantes, sem dúvida os grandes responsáveis pela conservação da floresta.

Explorar os rios, pernoitando nos barcos, observar os animais e passear na floresta são alguns dos programas que o turista encontra ao seu dispor.

Para tudo isto é fácil contar com a ajuda de guias especializados, muitos deles formados pelo Exército brasileiro, que podem ensinar como se alimentar na floresta sem correr riscos. Mas não pense que para efetuar este tipo de expedições terá de levar uma tenda às costas, dormir à volta de uma fogueira ou enfrentar animais perigosos.

Nos últimos anos, numerosas infra-estruturas turísticas têm crescido de forma incrível no interior da floresta, oferecendo todo o conforto e requinte aos seus clientes.

Em todo o caso, preferindo sentir o verdadeiro espírito da Amazônia, podemos optar por instalações mais rústicas e conviver de perto com a população local.

Cidades cosmopolitas como Manaus e Belém presenteiam os visitantes com riquíssimos programas culturais.

Passear pelas suas ruas, apreciando os majestosos edifícios coloniais portugueses significa descobrir um pouco da nossa História e da cultura daquele povo.

Os bairros típicos de gente afável misturam-se de forma quase natural com gigantescos arranha-céus onde as pessoas trabalham em um ritmo acelerado.

A agitação matinal dos mercados citadinos permite ao visitante descobrir os sons, as cores e os sabores da região.

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA

Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.

Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.

Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.

Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:
"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"
Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!

É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.
SOMOS UM POVO DA FLORESTA!

ACESSE www.amazoniaparasempre.com.br e assine o MANIFESTO EM FAVOR DA GRANDE FLORESTA.

A GRANDE FLORESTA



Vocês sabem que tenho visitado muitos lugares tentando levar a imagem da preservação ecológica e cada vez mais me convenço que todos nós queremos preservar a Grande Floresta, basicamente falta apenas vontade política e um correto equacionamento da força de trabalho daquela região.

Madeireiros poderiam tornar-se empresários vinculados ao turismo, ribeirinhos poderiam tornar-se guias turísticos, propiciando e aproveitando seu conhecimento sobre rios navegáveis para uma ampla população mundial sedenta em conhecer o maior rio do mundo e o impressionante ambiente ecológico amazônico.

O rio Amazonas é de uma beleza indescritível, suas margens, seus pássaros raros, sua natureza exuberante, tudo nos leva a imaginar que o turista conhecendo o pantanal, a Grande Floresta e o rio Amazonas sairá extasiado e nunca mais esquecerá as imagens que levará na sua mente.

Tudo isto é Brasil.
Tudo isto é nosso.
Tudo isto é turismo.
Tudo isto propicia uma imensa preservação da Grande Floresta.

Temos que buscar soluções sobre como podemos preserva-la e ao mesmo tempo dar sustentabilidade para a vida da população que vive próxima do ambiente amazônico.

Obviamente que a decisão futura será simples, o turismo.

Você não vai ao zoológico para ver animais que só veria na África.
O continente esquecido do planeta aproveita muito pouco seu potencial turístico em virtude das guerrilhas, da extensa miséria, da corrupção e disputas políticas, porém o Brasil pode e deve criar um grande complexo turístico envolvendo pelo menos a observação da Grande Floresta.

Temos a maior Floresta Tropical do mundo, precisamos preserva-la e ao mesmo tempo usufruir das suas riquezas, tanto nos aspectos ambientais e climáticos, como na exploração turística viável sem agredi-la, possibilitando uma ampla utilização econômica para quem vive nas proximidades da Floresta Amazônica.

Cada turista estrangeiro que vem ao Brasil, leia-se Rio de Janeiro, Salvador e Recife, poderia perfeitamente conhecer em loco a Grande Floresta, para isto teríamos que ter um turismo receptivo de alto nível, com uma condizente rede hoteleira que geraria milhares de empregos diretos e indiretos, além obviamente das maravilhas ecológicas que a natureza propicia aos olhos dos visitantes.

Temos a possibilidade de divulgar frutas tropicais raras, plantas medicinais, espectros de perfumes, enfim, a riqueza da Floresta é inesgotável, isto tudo sem derrubar uma única arvore sequer.

A destruição da Floresta implica em caos ecológico e ambiental para o Brasil e o mundo.
Chuvas, ciclones, efeitos perversos do clima se intensificarão enormemente se não preservarmos nosso maior patrimônio nacional.

Amazônia para os brasileiros e para o mundo, significa uma exploração turística ecologicamente correta da Grande Floresta e a preservação da vida e do ambiente amazônico.

Preserve a Amazônia, salve o mundo.