"Se uma sociedade livre não pode ajudar os muitos que são pobres, ela jamais poderá salvar os poucos que são ricos.
Perguntem o que vocês podem fazer pelo seu país, não perguntem o que vosso país fará por vocês, mas o que juntos podemos fazer pela liberdade do homem. "
John Fitzgerald Kennedy, outono de 1961.
LIGA DAS FLORESTAS - O GREENPEACE CONTA COM VOCÊ
A FLORESTA CONTINUA PEDINDO SOCORRO
14/10/2009 - 08h41
Desmate volta a subir na Amazônia, diz ONG
da Agência Folha, em Belém
Depois de um ano em queda, o desmatamento na Amazônia Legal voltou a subir pelo segundo mês consecutivo em agosto. Na avaliação do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que divulgou os dados ontem, o maior desmatamento é resultado do programa Terra Legal, que está dando a posseiros títulos de terra públicas na Amazônia.
Os dados divulgados pela ONG indicam aumento de 167% na área desmatada, na comparação entre agosto deste ano com o mesmo mês de 2008.
Imagens de satélite detectaram que 273 km2 de floresta foram derrubados. Em agosto de 2008, o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) indicou que essa área correspondeu a 102 km2.
Segundo o instituto, cerca de 46% desses 273 km2 podem ter sido desmatados antes. Isso porque, em meses anteriores, parte das regiões estava encoberta por nuvens, e não pôde ser observada.
De novo, o Pará lidera entre os Estados cobertos pela floresta. Aproximadamente 76% da derrubada da mata de agosto ocorreu em seu território.
O ranking é completado por Mato Grosso (8%), Amazonas (6%), Rondônia (5%) Acre e Amapá (ambos com 2%) e Roraima (1%).
Segundo Adalberto Veríssimo, pesquisador da ONG, o crescimento da destruição da floresta indica que a tendência de queda --observada entre junho do ano passado e junho deste ano e comemorada pelo governo federal- não é mais uma realidade. Em julho deste ano, o desmatamento já havia aumentado 93%, de acordo com a ONG.
Para Veríssimo, o dado "mais alarmante" é que, pela primeira vez, cerca de metade do desmatamento está ocorrendo em áreas sob a responsabilidade da União, e não mais em propriedades produtivas privadas --principal foco da fiscalização governamental, afirma.
Em agosto, 132 km2 foram destruídos em unidades de conservação e terras indígenas, por exemplo. Isso, afirma Veríssimo, mostra que a eficácia da atual política de combate à destruição da Amazônia pode estar chegando ao seu limite.
"É como assaltar a delegacia", diz, sobre a falta de controle do Estado sobre suas próprias áreas. Veríssimo afirma que está ocorrendo uma mudança também em relação ao objetivo da derrubada da mata.
Antes, a maior parte do desmatamento era produtivo e servia para abrir caminho para a agricultura e a pecuária. Agora, ele é majoritariamente especulativo e serve para garantir a posse da terra.
Ele vê dois fatores que aceleraram esse processo. O primeiro é a sinalização do governo de que deve negociar a diminuição de reservas ambientais --o que incentiva invasões, diz. O segundo é a implementação do programa Terra Legal.
Desmate volta a subir na Amazônia, diz ONG
da Agência Folha, em Belém
Depois de um ano em queda, o desmatamento na Amazônia Legal voltou a subir pelo segundo mês consecutivo em agosto. Na avaliação do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que divulgou os dados ontem, o maior desmatamento é resultado do programa Terra Legal, que está dando a posseiros títulos de terra públicas na Amazônia.
Os dados divulgados pela ONG indicam aumento de 167% na área desmatada, na comparação entre agosto deste ano com o mesmo mês de 2008.
Imagens de satélite detectaram que 273 km2 de floresta foram derrubados. Em agosto de 2008, o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) indicou que essa área correspondeu a 102 km2.
Segundo o instituto, cerca de 46% desses 273 km2 podem ter sido desmatados antes. Isso porque, em meses anteriores, parte das regiões estava encoberta por nuvens, e não pôde ser observada.
De novo, o Pará lidera entre os Estados cobertos pela floresta. Aproximadamente 76% da derrubada da mata de agosto ocorreu em seu território.
O ranking é completado por Mato Grosso (8%), Amazonas (6%), Rondônia (5%) Acre e Amapá (ambos com 2%) e Roraima (1%).
Segundo Adalberto Veríssimo, pesquisador da ONG, o crescimento da destruição da floresta indica que a tendência de queda --observada entre junho do ano passado e junho deste ano e comemorada pelo governo federal- não é mais uma realidade. Em julho deste ano, o desmatamento já havia aumentado 93%, de acordo com a ONG.
Para Veríssimo, o dado "mais alarmante" é que, pela primeira vez, cerca de metade do desmatamento está ocorrendo em áreas sob a responsabilidade da União, e não mais em propriedades produtivas privadas --principal foco da fiscalização governamental, afirma.
Em agosto, 132 km2 foram destruídos em unidades de conservação e terras indígenas, por exemplo. Isso, afirma Veríssimo, mostra que a eficácia da atual política de combate à destruição da Amazônia pode estar chegando ao seu limite.
"É como assaltar a delegacia", diz, sobre a falta de controle do Estado sobre suas próprias áreas. Veríssimo afirma que está ocorrendo uma mudança também em relação ao objetivo da derrubada da mata.
Antes, a maior parte do desmatamento era produtivo e servia para abrir caminho para a agricultura e a pecuária. Agora, ele é majoritariamente especulativo e serve para garantir a posse da terra.
Ele vê dois fatores que aceleraram esse processo. O primeiro é a sinalização do governo de que deve negociar a diminuição de reservas ambientais --o que incentiva invasões, diz. O segundo é a implementação do programa Terra Legal.
PARIS E SUAS BICICLETAS
Mais além do que preservar podemos imaginar reciclar, renovar e criar novamente um planeta mais tranqüilo de viver.
Paris é um bom exemplo disto com as milhares de bicicletas espalhadas por suas ruas, tanto as oferecidas pela prefeitura como as de seus habitantes que circulam com desenvoltura pela capital francesa.
Scooters, carros pequenos como o Smart e outros elétricos que estão chegando mudarão a face da Cidade Luz, deixando os carros grandes e luxuosos para os turistas que preferem um taxi à parisiense estilo Mercedes Benz.
Voilà Paris, que o mundo siga seus exemplos.
Um guia de Paris e suas bicicletas.
Lonely Planet e Petit Voyage associaram-se para criar "Paris à Vélib' et à pied", um guia para (re) descobrir Paris à pé e de Vélib' (bicicletas para aluguer em Paris). Um pequeno formato de 192 páginas muito prático para visitar a capital sob todas as costuras. O guia é vendido ao preço de 5,95 euros.
Thérèse de Cherisey e Caroline Delabroy, os dois autores, pedalaram todos os rebaixos da capital para encontrar aos itinerários mais agradáveis, às ruas mais calmas e os lugares mais verdes.
Destinado ao Parisienses como aos visitantes, o guia revela igualmente um mapa destacável com todas as estações Vélib' e mesmo um índice das ruas para localizar-se mais facilmente.
De modo que os utilizadores tomem um máximo de prazer durante a sua visita, Paris à pied et à Vélib' pensou igualmente em percursos temáticos com os melhores endereços para fazer uma pausa e refrescar-se. E os incondicionais do sistema de aluguer de bicicletas da capital poderão mesmo descobrir todas as informações práticas e dicas do Vélib'.
Os 16 itinerários
1) Paris en trois tours de roue
2) Le grand tour (a granda volta)
3) Paris by Night (Paris de noite)
4) Au fil de l'eau (ao longo da água)
5) De fontaine en jardin (das fontes aos jardins)
6) La tournée des rois (a volta dos reis)
7) Saint-Germain et le Quartier latin
8) Le Paris d'Haussmann
9) Le Paris des passages et des crinolines
10) Paris révolutionnaire (Paris revolucionário)
11) Paris enchanteur, Paris en chantier (Paris encantador, Paris em estaleiro)
12) Rive gauche, nids d'artistes (margem esquerda, ninhos de artistas)
13) Les villages du 15e (as aldeias do 15e)
14) Paris chic et discret (Paris chique e discreto)
15) Paris canaille (Paris malandro)
16) Paris bohème (Paris boémia)
Site : www.lonelyplanet.fr
Michelin já tinha saído um primeiro mapa de bolso em parceria com a cidade de Paris intitulado Paris Vélib' 2008 ao preço de 2,95 euros.
Site: www.paris.fr
O sistema de bicicleta em auto-serviço Vélib' , iniciado no verão de 2007 em Paris, vai igualmente ser estendido em oito cidades próximas da Capital, anunciou o grupo JCDecaux responsável do dispositivo.
As cidades fazem parte da aglomeração de Plaine Commune (Seine-Saint-Denis) que agrupa 330.000 habitantes.
São referidas as cidades de Aubervilliers, de Epinay-sur-Seine, de La Courneuve, de L' Ile-Saint-Denis, de Pierrefitte-sur-Seine, Saint-Denis, Stains e de Villetaneuse.
O contrato assinado por JCDecaux cobre um período de 15 anos.
Paris é um bom exemplo disto com as milhares de bicicletas espalhadas por suas ruas, tanto as oferecidas pela prefeitura como as de seus habitantes que circulam com desenvoltura pela capital francesa.
Scooters, carros pequenos como o Smart e outros elétricos que estão chegando mudarão a face da Cidade Luz, deixando os carros grandes e luxuosos para os turistas que preferem um taxi à parisiense estilo Mercedes Benz.
Voilà Paris, que o mundo siga seus exemplos.
Um guia de Paris e suas bicicletas.
Lonely Planet e Petit Voyage associaram-se para criar "Paris à Vélib' et à pied", um guia para (re) descobrir Paris à pé e de Vélib' (bicicletas para aluguer em Paris). Um pequeno formato de 192 páginas muito prático para visitar a capital sob todas as costuras. O guia é vendido ao preço de 5,95 euros.
Thérèse de Cherisey e Caroline Delabroy, os dois autores, pedalaram todos os rebaixos da capital para encontrar aos itinerários mais agradáveis, às ruas mais calmas e os lugares mais verdes.
Destinado ao Parisienses como aos visitantes, o guia revela igualmente um mapa destacável com todas as estações Vélib' e mesmo um índice das ruas para localizar-se mais facilmente.
De modo que os utilizadores tomem um máximo de prazer durante a sua visita, Paris à pied et à Vélib' pensou igualmente em percursos temáticos com os melhores endereços para fazer uma pausa e refrescar-se. E os incondicionais do sistema de aluguer de bicicletas da capital poderão mesmo descobrir todas as informações práticas e dicas do Vélib'.
Os 16 itinerários
1) Paris en trois tours de roue
2) Le grand tour (a granda volta)
3) Paris by Night (Paris de noite)
4) Au fil de l'eau (ao longo da água)
5) De fontaine en jardin (das fontes aos jardins)
6) La tournée des rois (a volta dos reis)
7) Saint-Germain et le Quartier latin
8) Le Paris d'Haussmann
9) Le Paris des passages et des crinolines
10) Paris révolutionnaire (Paris revolucionário)
11) Paris enchanteur, Paris en chantier (Paris encantador, Paris em estaleiro)
12) Rive gauche, nids d'artistes (margem esquerda, ninhos de artistas)
13) Les villages du 15e (as aldeias do 15e)
14) Paris chic et discret (Paris chique e discreto)
15) Paris canaille (Paris malandro)
16) Paris bohème (Paris boémia)
Site : www.lonelyplanet.fr
Michelin já tinha saído um primeiro mapa de bolso em parceria com a cidade de Paris intitulado Paris Vélib' 2008 ao preço de 2,95 euros.
Site: www.paris.fr
O sistema de bicicleta em auto-serviço Vélib' , iniciado no verão de 2007 em Paris, vai igualmente ser estendido em oito cidades próximas da Capital, anunciou o grupo JCDecaux responsável do dispositivo.
As cidades fazem parte da aglomeração de Plaine Commune (Seine-Saint-Denis) que agrupa 330.000 habitantes.
São referidas as cidades de Aubervilliers, de Epinay-sur-Seine, de La Courneuve, de L' Ile-Saint-Denis, de Pierrefitte-sur-Seine, Saint-Denis, Stains e de Villetaneuse.
O contrato assinado por JCDecaux cobre um período de 15 anos.
ALTERNATIVAS PARA UM MUNDO MELHOR
Brasil copia China e faz bicicleta elétrica
Populares na China, as bicicletas elétricas também querem seu espaço por aqui. Com o slogan "transporte saudável para seus usuários e para o planeta", elas são um dos destaques do Salão Duas Rodas, que termina amanhã, em São Paulo.
Na mostra, as magrelas motorizadas são a tendência para o transporte em curtas distâncias --até 14 km por dia, média de deslocamento nas capitais, segundo a Abraciclo (associação dos fabricantes de motos).
A Sundown, que fabrica também bicicletas comuns, aposta nas elétricas e expõe um modelo que chegará em 2010 por R$ 1.890, cerca de 35% menos que a moto mais barata, a Hunter.
Mas só as bicicletas elétricas têm pedal e motor movido a eletricidade --a recarga na tomada leva oito horas e gera autonomia de cerca de 50 km.
Segundo Ricardo Marques de Féo, da General Wings, uma bicicleta elétrica gasta, em média, R$ 0,01 por quilômetro rodado.
O kit custa a partir de R$ 990, e só a bateria, R$ 100. Sua vida útil é de cerca de um ano.
A fabricante BioBike diz que o seu modelo Ipanema (R$ 3.500) atinge até 25 km/h.
A General Wings também vende bicicletas importadas com bateria de chumbo (R$ 2.490) ou de lítio (R$ 7.490).
A expectativa é de que até 2014 sejam comercializadas 200 mil magrelas motorizadas --o Brasil consome 5,3 milhões de bicicletas comuns por ano.
Populares na China, as bicicletas elétricas também querem seu espaço por aqui. Com o slogan "transporte saudável para seus usuários e para o planeta", elas são um dos destaques do Salão Duas Rodas, que termina amanhã, em São Paulo.
Na mostra, as magrelas motorizadas são a tendência para o transporte em curtas distâncias --até 14 km por dia, média de deslocamento nas capitais, segundo a Abraciclo (associação dos fabricantes de motos).
A Sundown, que fabrica também bicicletas comuns, aposta nas elétricas e expõe um modelo que chegará em 2010 por R$ 1.890, cerca de 35% menos que a moto mais barata, a Hunter.
Mas só as bicicletas elétricas têm pedal e motor movido a eletricidade --a recarga na tomada leva oito horas e gera autonomia de cerca de 50 km.
Segundo Ricardo Marques de Féo, da General Wings, uma bicicleta elétrica gasta, em média, R$ 0,01 por quilômetro rodado.
O kit custa a partir de R$ 990, e só a bateria, R$ 100. Sua vida útil é de cerca de um ano.
A fabricante BioBike diz que o seu modelo Ipanema (R$ 3.500) atinge até 25 km/h.
A General Wings também vende bicicletas importadas com bateria de chumbo (R$ 2.490) ou de lítio (R$ 7.490).
A expectativa é de que até 2014 sejam comercializadas 200 mil magrelas motorizadas --o Brasil consome 5,3 milhões de bicicletas comuns por ano.
OS NÚMEROS DO DESMATAMENTO
Apesar do aumento de 157% do desmatamento na Amazônia em julho em relação ao mesmo mês de 2008, divulgado nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que o desmate acumulado entre agosto de 2008 e julho de 2009 é o menor desde 2004, início da série histórica do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).
O desmatamento medido pelo Deter entre agosto de 2008 e julho de 2009 foi de 4.375 km2, ante 8.147 km2 do período anterior (agosto de 2007 e julho de 2008).
Renato Araújo/ABr
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante coletiva o primeiro relatório de julho do Sistema de Detecção de Desmatamento
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante coletiva o primeiro relatório de julho do Sistema de Detecção de Desmatamento
"O dado importante é que houve uma redução expressiva do desmatamento [acumulado]. Esse é o dado relevante. De acordo com o Inpe, a redução foi de 46% [na comparação entre 2007/2008 e 2008/2009]", afirmou.
A taxa anual de desmatamento é medida por outra metodologia, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), também calculado pelo Inpe, que é mais preciso que o Deter porque enxerga áreas menores.
No entanto, de acordo com Minc, é possível fazer projeções para o Prodes com base nos número do Deter.
"O Prodes vai mostrar um desmatamento entre 8 mil km2 e 9,5 mil km2, provavelmente entre 8,5 mil km2 e 9 mil km2, falo isso baseado em projeções anteriores. Vai ser o menor desmatamento dos últimos 20 anos. Tenho certeza absoluta disso", calcula.
Mais uma vez, o ministro atribuiu a redução do ritmo de devastação da Amazônia às ações de fiscalização e combate, promovidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança e, em menor medida, à oferta de alternativas sustentáveis para quem desmatava, como o apoio a planos de manejo, assistência técnica rural e a regularização fundiária.
"Esse ano 90% da redução foi por causa da pancada [de ações policiais]. Minha esperança é que no próximo ano pelo menos 40% seja explicada pelas medidas de desenvolvimento sustentável."
Das 317 operações do Ibama previstas para 2009, 155 foram executadas até o fim de agosto. Mais de 1,8 mil autos de infração foram aplicados, num total de R$ 1 bilhão em multas. No período, foram apreendidos 127 mil m3 de madeira em toras ou serrada, o suficiente para encher sete mil caminhões.
"Mesmo tendo o menor desmatamento dos últimos 20 anos, ainda apreendemos o equivalente a mil caminhões de madeira por mês. Ou seja, estamos em um purgatório, distantes de chegar a um número razoável. Mesmo com a queda, o desmatamento ainda é muito grande", avaliou Minc.
O desmatamento medido pelo Deter entre agosto de 2008 e julho de 2009 foi de 4.375 km2, ante 8.147 km2 do período anterior (agosto de 2007 e julho de 2008).
Renato Araújo/ABr
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante coletiva o primeiro relatório de julho do Sistema de Detecção de Desmatamento
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante coletiva o primeiro relatório de julho do Sistema de Detecção de Desmatamento
"O dado importante é que houve uma redução expressiva do desmatamento [acumulado]. Esse é o dado relevante. De acordo com o Inpe, a redução foi de 46% [na comparação entre 2007/2008 e 2008/2009]", afirmou.
A taxa anual de desmatamento é medida por outra metodologia, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), também calculado pelo Inpe, que é mais preciso que o Deter porque enxerga áreas menores.
No entanto, de acordo com Minc, é possível fazer projeções para o Prodes com base nos número do Deter.
"O Prodes vai mostrar um desmatamento entre 8 mil km2 e 9,5 mil km2, provavelmente entre 8,5 mil km2 e 9 mil km2, falo isso baseado em projeções anteriores. Vai ser o menor desmatamento dos últimos 20 anos. Tenho certeza absoluta disso", calcula.
Mais uma vez, o ministro atribuiu a redução do ritmo de devastação da Amazônia às ações de fiscalização e combate, promovidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança e, em menor medida, à oferta de alternativas sustentáveis para quem desmatava, como o apoio a planos de manejo, assistência técnica rural e a regularização fundiária.
"Esse ano 90% da redução foi por causa da pancada [de ações policiais]. Minha esperança é que no próximo ano pelo menos 40% seja explicada pelas medidas de desenvolvimento sustentável."
Das 317 operações do Ibama previstas para 2009, 155 foram executadas até o fim de agosto. Mais de 1,8 mil autos de infração foram aplicados, num total de R$ 1 bilhão em multas. No período, foram apreendidos 127 mil m3 de madeira em toras ou serrada, o suficiente para encher sete mil caminhões.
"Mesmo tendo o menor desmatamento dos últimos 20 anos, ainda apreendemos o equivalente a mil caminhões de madeira por mês. Ou seja, estamos em um purgatório, distantes de chegar a um número razoável. Mesmo com a queda, o desmatamento ainda é muito grande", avaliou Minc.
MARINA SILVA - A HISTÓRIA DE UMA VENCEDORA
Apesar deste blog não ter vinculação partidária é inegável que a politica sempre influiu nos rumos tomados por nações a favor de uma situação melhor ou pior dentro do nosso pequeno planeta, então nada mais justo imaginarmos que uma eleição presidencial pode melhorar ou piorar as questões mais relevantes dentro do nosso país.
Marina Silva é uma vencedora em todos os aspectos, venceu a pobreza, o analfabetismo e a própria condição social de uma mulher vindo do interior da Grande Floresta e hoje está aqui para dizer que é candidata a presidência do nosso país, infelizmente tão massacrado por políticos que visam mais o seu próprio bolso do que qualquer outra coisa, enfim, Marina é uma pessoa que pode unir uma parcela considerável de pessoas na sociedade que entendem os graves problemas ambientais que vivemos e a necessidade de preservarmos o nosso maior patrimônio que é a Floresta Amazônica.
MARINA 2010, está aí um bom motivo para imaginarmos que o futuro de nosso país ainda pode ser melhor e renovar as esperanças em torno de uma necessidade clara e lógica de olhar o meio ambiente como um aspecto a ser preservado e não destruído como vivenciamos atualmente.
Marina Silva é premiada na Noruega por luta ambiental
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PT-AC) foi a vencedora do Prêmio Sophie 2009, anunciado nesta quarta-feira (1º) na Noruega. A senadora levou US$ 100 mil por seus esforços para preservar "o maior e mais rico ecossistema da Terra: a Floresta Amazônica". Um painel de jurados afirmou que Marina, de 51 anos, demonstrou coragem e conseguiu resultados que são "sem comparação" na proteção das florestas.
A ex-ministra nasceu de uma família com 12 irmãos, que viviam da extração da borracha em seringais. Mesmo analfabeta até a adolescência, estudou e chegou a formar-se em História na Universidade Federal do Acre. Parte da militância de Marina pela proteção do meio ambiente se deu ao lado do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988. Apesar da oposição de fazendeiros e outros interesses econômicos, Marina usou a lei e as instituições para proteger a floresta, fundamental para o meio ambiente, pois absorve grandes quantidades de dióxido de carbono. Ela também ajudou a criar o Fundo Amazônia, para evitar aemissão de gases causadores do efeito estufa através da conservação da floresta.
"Marina Silva recebeu o Prêmio Sophie por sua coragem, criatividade e habilidade em forjar alianças, mas primeiro e sobretudo por sua batalha para conservar a Floresta Amazônica", disse o júri do prêmio. "Seu esforço para assegurar um manejo sustentável da terra em que vivemos é uma inspiração para todos nós."Marina demitiu-se após quase cinco anos no posto de ministra, em maio de 2008. O prêmio foi criado em 1997, pelo escritor norueguês Jostein Gaarder e pela mulher dele, e seu título refere-se ao maior sucesso do autor, "O Mundo de Sofia".
No ano passado, o vencedor foi o biólogonorte-americano e escritor Gretchen C. Daily. O prêmio deste ano será entregue em uma cerimônia em Oslo, no dia 17 de junho. (AE)
MANIFESTO PELA VIDA DA FLORESTA AMAZÔNICA
Em todo o nosso pequeno planeta percebemos a natureza, porém nada é comparável a região da Floresta Amazônica, a diversidade de espécies, pássaros raros e um ambiente ecológico ideal para a renovação e manutenção da qualidade do clima mundial tornam essencial sua preservação para as gerações futuras.
Necessitamos proteger e preservar a Grande Floresta e tornar Área de Preservação Mundial seu ambiente ecológico.
Precisamos recursos financeiros para tornar a presença do Governo Federal através do Exército Brasileiro uma realidade na região Amazônica.
Precisamos de todos nesta luta.
PRESERVE A AMAZÔNIA, SALVE O PLANETA.
Necessitamos proteger e preservar a Grande Floresta e tornar Área de Preservação Mundial seu ambiente ecológico.
Precisamos recursos financeiros para tornar a presença do Governo Federal através do Exército Brasileiro uma realidade na região Amazônica.
Precisamos de todos nesta luta.
PRESERVE A AMAZÔNIA, SALVE O PLANETA.
UMA VERDADE MAIS DO QUE INCONVENIENTE
Hoje, vivenciamos uma gravíssima conjuntura ambiental onde o descaso de várias décadas pela poluição atmosférica, a emissão de poluentes ao espaço astral e o completo desrespeito do homem pela natureza, certamente mostrará um dos mais traumáticos quadros ambientais já vividos pelo planeta.
Evidente que os problemas ambientais atingirão ricos e pobres, cultos ou incultos e independentemente de suas posições ideológicas, políticas ou mesmo religiosas.
O descaso com as queimadas no território brasileiro contribui significativamente para este gravíssimo problema ambiental. O homem hoje, tão preocupado com a sua vida cotidiana, seu medo e insegurança de sair às ruas e a sua busca incessante por uma melhor condição financeira e social releva ao segundo plano a vida e a continuidade desta no planeta.
Todos percebemos diariamente os reflexos do calor do sol, do descontrole da poluição atmosférica ou mesmo da eminente transformação litorânea que o mundo sofrerá em virtude da rapidez do degelo polar ou do significativo aumento da temperatura do mar.
Ambientalistas e cientistas, por incrível que pareça, hoje estão juntos nesta árdua luta. Cujo combate será somente com a conscientização do homem pela busca de combustíveis alternativos, redução de queimadas e principalmente pela transformação de agressor em defensor da natureza, então poderemos criar um quadro mais favorável ao triste destino do planeta dilacerado pelas guerras e catástrofes ambientais.
Novamente somos nós e a nossa livre escolha que coordenaremos esta transição entre os modernos meios de produção de energia e equacionamento econômico de reservas alimentícias.
Os combustíveis fósseis estão fadados a serem substituídos nas próximas décadas por uma forma mais barata e limpa de energia. Porém, em todas as ações humanas precisamos ter em mente a preservação e composição ambiental, onde a reciclagem adquirirá importância ímpar na nossa concepção econômica.
O homem já destruiu grande parte das florestas tropicais imaginando que os reflexos viriam daqui a cem ou duzentos anos, mas hoje, o quadro ambiental gravíssimo não mensura mais séculos ou décadas e sim, periodicidades extremamente mais próximas de nós.
Anualmente são dizimados em todo o planeta milhões e milhões de representantes da fauna e de flora mundial, a mortandade de peixes, animais silvestres ou mesmo espécies ambientais raras como as encontradas na Floresta Amazônica, tornam dificílimo o processo de regeneração do ambiente ecológico, logicamente trazendo desequilíbrio, e onde ele existe percebemos claramente o aparecimento de novas doenças, vírus ou mesmo de infecções facilmente transmitidas aos humanos como a gripe das aves.
O problema ambiental precisa urgente de soluções imediatas como a questão amazônica, praticamente leiloada pelo governo junto aos órgãos estrangeiros.PRESERVE, LUTE E DIGA NÃO A POLUIÇÃO AMBIENTAL.
SALVE O MUNDO, PRESERVE A AMAZÕNIA.
Evidente que os problemas ambientais atingirão ricos e pobres, cultos ou incultos e independentemente de suas posições ideológicas, políticas ou mesmo religiosas.
O descaso com as queimadas no território brasileiro contribui significativamente para este gravíssimo problema ambiental. O homem hoje, tão preocupado com a sua vida cotidiana, seu medo e insegurança de sair às ruas e a sua busca incessante por uma melhor condição financeira e social releva ao segundo plano a vida e a continuidade desta no planeta.
Todos percebemos diariamente os reflexos do calor do sol, do descontrole da poluição atmosférica ou mesmo da eminente transformação litorânea que o mundo sofrerá em virtude da rapidez do degelo polar ou do significativo aumento da temperatura do mar.
Ambientalistas e cientistas, por incrível que pareça, hoje estão juntos nesta árdua luta. Cujo combate será somente com a conscientização do homem pela busca de combustíveis alternativos, redução de queimadas e principalmente pela transformação de agressor em defensor da natureza, então poderemos criar um quadro mais favorável ao triste destino do planeta dilacerado pelas guerras e catástrofes ambientais.
Novamente somos nós e a nossa livre escolha que coordenaremos esta transição entre os modernos meios de produção de energia e equacionamento econômico de reservas alimentícias.
Os combustíveis fósseis estão fadados a serem substituídos nas próximas décadas por uma forma mais barata e limpa de energia. Porém, em todas as ações humanas precisamos ter em mente a preservação e composição ambiental, onde a reciclagem adquirirá importância ímpar na nossa concepção econômica.
O homem já destruiu grande parte das florestas tropicais imaginando que os reflexos viriam daqui a cem ou duzentos anos, mas hoje, o quadro ambiental gravíssimo não mensura mais séculos ou décadas e sim, periodicidades extremamente mais próximas de nós.
Anualmente são dizimados em todo o planeta milhões e milhões de representantes da fauna e de flora mundial, a mortandade de peixes, animais silvestres ou mesmo espécies ambientais raras como as encontradas na Floresta Amazônica, tornam dificílimo o processo de regeneração do ambiente ecológico, logicamente trazendo desequilíbrio, e onde ele existe percebemos claramente o aparecimento de novas doenças, vírus ou mesmo de infecções facilmente transmitidas aos humanos como a gripe das aves.
O problema ambiental precisa urgente de soluções imediatas como a questão amazônica, praticamente leiloada pelo governo junto aos órgãos estrangeiros.PRESERVE, LUTE E DIGA NÃO A POLUIÇÃO AMBIENTAL.
SALVE O MUNDO, PRESERVE A AMAZÕNIA.
PRESERVE A AMAZÔNIA, SALVE O PLANETA
Preserve the Amazon, save the planet
Préserver l'Amazonie, sauver la planète
Preservare l'Amazzonia, salvare il pianeta
Erhaltung des Amazonas, speichern Sie die Planeten
La preservación de la Amazonía, salvar el planeta
維護亞馬遜,拯救地球
维护亚马逊,拯救地球
الحفاظ على غابات الأمازون ، وانقاذ الكوكب
は、惑星を保存するとの保存
Behoud van de Amazone, behalve de planeet.
Διατήρηση του Αμαζονίου, σώσουμε τον πλανήτη
שמירה על אמזון, להציל את כדור הארץ
Сохранение Амазонки, спасти планету
Bevarelse af Amazon, redde planeten
รักษาที่อเมซอนบันทึกดาวเคราะห์
Оццувања Амазон, спасити планету
Bảo tồn các Amazon, lưu hành tinh
Збереження Амазонки, врятувати планету
Gezegenin kaydetmek Amazon Preserving
Zachování Amazon, zachránit planetu
Att bevara Amazonas, rädda planeten
Păstrarea Amazon, salva planeta
Zachowanie Amazonii zapisz planety
Bevare Amazon, Redd planeten
Preservazzjoni ta 'l-Amazon, ħlief il-pjaneta
Melestarikan di Amazon, menyelamatkan planet
Pagpepreserba ng Amazon, i-save ang mga planeta
Išsaugojimas "Amazon", "išgelbėti planetą
Ruajtjen e Amazon, pos planetit
Съхраняване на "Амазон", с изключение на планетата
La preservació de l'Amazònia, salvar el planeta
즉,이 행성을 구할 수 아마존 보존
Occuvanja Amazon, spasiti planet
Zachovanie Amazon, zachrániť planétu
Ohranjanje Amazon, razen planet
Säilitades Amazon, päästa planeedi
Säilyttäminen Amazon, pelastaa planeettamme
Garda A Amazon, Salve o planeta
इस ग्रह को बचाने के अमेज़न के संरक्षण
Megőrizve az Amazon, kivéve a bolygó
Saglabājot Amazon, glābt planētu
Préserver l'Amazonie, sauver la planète
Preservare l'Amazzonia, salvare il pianeta
Erhaltung des Amazonas, speichern Sie die Planeten
La preservación de la Amazonía, salvar el planeta
維護亞馬遜,拯救地球
维护亚马逊,拯救地球
الحفاظ على غابات الأمازون ، وانقاذ الكوكب
は、惑星を保存するとの保存
Behoud van de Amazone, behalve de planeet.
Διατήρηση του Αμαζονίου, σώσουμε τον πλανήτη
שמירה על אמזון, להציל את כדור הארץ
Сохранение Амазонки, спасти планету
Bevarelse af Amazon, redde planeten
รักษาที่อเมซอนบันทึกดาวเคราะห์
Оццувања Амазон, спасити планету
Bảo tồn các Amazon, lưu hành tinh
Збереження Амазонки, врятувати планету
Gezegenin kaydetmek Amazon Preserving
Zachování Amazon, zachránit planetu
Att bevara Amazonas, rädda planeten
Păstrarea Amazon, salva planeta
Zachowanie Amazonii zapisz planety
Bevare Amazon, Redd planeten
Preservazzjoni ta 'l-Amazon, ħlief il-pjaneta
Melestarikan di Amazon, menyelamatkan planet
Pagpepreserba ng Amazon, i-save ang mga planeta
Išsaugojimas "Amazon", "išgelbėti planetą
Ruajtjen e Amazon, pos planetit
Съхраняване на "Амазон", с изключение на планетата
La preservació de l'Amazònia, salvar el planeta
즉,이 행성을 구할 수 아마존 보존
Occuvanja Amazon, spasiti planet
Zachovanie Amazon, zachrániť planétu
Ohranjanje Amazon, razen planet
Säilitades Amazon, päästa planeedi
Säilyttäminen Amazon, pelastaa planeettamme
Garda A Amazon, Salve o planeta
इस ग्रह को बचाने के अमेज़न के संरक्षण
Megőrizve az Amazon, kivéve a bolygó
Saglabājot Amazon, glābt planētu
CORES E SABORES DA AMAZÔNIA
Este blog tem por objetivo chamar a atenção de todos para o grave problema que estamos vivendo no Brasil, na realidade a Grande Floresta, repleta de riquezas naturais é o nosso maior tesouro e devemos preserva-la para as gerações futuras.
Precisamos um desenvolvimento sustentável para a região, priorizando seu imenso potencial medicinal com cores e sabores únicos do Brasil.
O açaí e inúmeras outras plantas fazem o mais rico conjunto que a natureza coloca a disposição do ser humano, que sabendo aproveitar, certamente trará riqueza e fartura para toda a região, além logicamente do turismo, que é simplesmente inigualável na maior floresta do planeta.
A FLORESTA PEDE SOCORRO
http://www.youtube.com/watch?v=CK2Guxpwp7w
http://www.youtube.com/watch?v=GlS0vjPtNis
Convido os amigos para participar de uma GRANDE CRUZADA ECOLÓGICA a favor da Amazônia, do Brasil e do Mundo.
DEVASTADA, INVADIDA E QUEIMADA pela ânsia do homem em ocupar o seu território.
Esta noticia da Folha On Line publicada agora em março de 2009 traz extrema preocupação sobre o cenário futuro na Grande Floresta.
PRESERVE A AMAZÔNIA, SALVE O PLANETA.
Savana aumentará 170% na Amazônia até 2100, diz Inpe.
Se até 2100 a temperatura aumentar 5C e forem desmatados 60% da floresta amazônica na América do Sul, a savana crescerá 215,6% na região. Neste mesmo cenário, somente 44,2% da floresta destruída conseguirá se regenerar.
Já num cenário um pouco mais otimista, em que a temperatura sobe até 3C e o desmatamento é de 40% até 2050, a savana se amplia em 170% e apenas 66,2% da área desflorestada pode voltar a brotar.
Os cálculos, que acabam de ser finalizados, integram um estudo inédito do grupo liderado pelo climatologista Carlos Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Pela primeira vez, cientistas do Brasil avaliaram os efeitos conjuntos do desmatamento e do aquecimento global para a Amazônia.
A pesquisa, feita usando modelos computacionais, mostra que a combinação desses dois fatores nas próximas décadas pode levar à savanização da Amazônia e à perda "catastrófica" de espécies.
Este último cenário, o "otimista", está longe de ser ficção: uma elevação de 3C na temperatura da Terra até 2100 é a previsão do IPCC, o painel do clima das Nações Unidas. E um modelo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) estima em mais de 40% o desmatamento nas próximas décadas se o desgoverno sobre a Amazônia continuar.
Após o desmatamento, explica Nobre, se não houvesse nenhum impacto, a floresta poderia crescer e ocupar novamente a área desmatada. "Como o clima muda, a floresta não consegue mais voltar onde o clima ficou mais seco", diz.
No primeiro caso, o clima muda em 66% da floresta, a tal ponto que não é mais possível manter o ecossistema original.
"Aquelas áreas que foram perdendo floresta foram ganhando savana", afirma. Só que a savana que surge onde antes era floresta é pobre em espécies.
Outro fator importante é que a escala de tempo normal para a migração de ecossistemas é de séculos a milênios, ou seja, a adaptação ocorre de forma mais lenta que as alterações induzidas pelo desmatamento e pela mudança do clima.
Assim, esses fatores conjuntos têm o potencial de impactar profundamente a diversidade de espécies de plantas e animais numa das regiões mais biodiversas do planeta.
Em 1991, Nobre e seu colega Marcos Oyama publicaram o primeiro artigo sobre a savanização na Amazônia, levando em conta só o desmatamento.
O principal risco para a floresta da combinação dos efeitos de desmatamento e aquecimento é a maior sensibilidade da Amazônia a incêndios --algo com o que a floresta tropical não está acostumada e principal indutor de savanização.
"Quando você tem aquecimento global, tem secas mais intensas, mais fogo. E se você tem desmatamento, você aumenta a temperatura, diminui a chuva, tem mais seca e mais fogo", afirma Nobre.
"Antes, se ocorria uma descarga elétrica e a floresta pegava fogo, o incêndio ficava circunscrito a algumas dezenas de metros, pois a vegetação é tão úmida que o fogo não se propaga. Mas, na medida em que a exploração de madeira cria buracos, abrem-se estradas e a floresta vai ficando mais 'ralinha', ela se torna mais suscetível."
Segundo Nobre, esse estudo representa uma primeira análise. "É ainda muito simplificado, mas serve para abrir as portas e mostrar que precisamos de análises mais realistas."
Segundo ele, o novo supercomputador do Inpe ajudará nesse trabalho. "Este novo supercomputador vai nos permitir fazer simulações matemáticas em que nós vamos colocar todos esses fatores juntos."
Para Nobre, "a cereja do bolo" é conseguir ligar seus modelos físicos a modelos de dinâmica do uso da terra. Esse é um dos objetivos do recém-criado
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