Esta frase está no livro de Aldous Huxley escrito na década de 40 e bastante atual nos dias de hoje.
Uma boa leitura é o livro do Principe Charles com uma visão bastante interessante do mundo atual e de nosso descaso pelo meio ambiente, enfim, algo de criativo neste mundo de pouca criação e muita badalação em que vivemos.
RESGATE DA TRADIÇÃO
Harmony - A Revolução da Sustentabilidade
O livro do príncipe Charles mostra uma visão holística do planeta. Ele acredita que, quando falamos em crise financeira, ou ambiental, estamos na verdade descrevendo as consequências de um problema mais profundo - uma "crise de percepção". Este “passeio” por ambiente, arquitetura, urbanismo, agricultura, religião, saúde e filosofia não é um capricho de um nobre ao qual sobra tempo - é uma obra de dedicação de décadas
Primeiro na linha de sucessão do trono britânico, Charles é um excêntrico onde eles (reza a lenda) se contam aos milhões - há décadas é satirizado por seu hábito de conversar com as plantas. Desde o começo dos anos 1980, vem travando uma batalha com a arquitetura moderna, que taxa de fria e desumana (com razões de sobra). E, antes disso, além de ser um jardineiro de mão cheia (ou com dedos verdes, como são chamados em seu país), já manifestava suas preocupações com os rumos do ambiente.
Seu livro, escrito em colaboração com o consultor Tony Juniper, e com Ian Skelly, uma espécie de factotum intelectual de vossa alteza, mostra uma visão holística do planeta, na qual se percebe claramente a influência do pensamento do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung e de seu mais eminente seguidor, o sábio americano James Hillman. O príncipe acredita que quando falamos em crise financeira, ou ambiental, estamos na verdade descrevendo as consequências de um problema mais profundo - uma "crise de percepção". O que está equivocada é nossa maneira de ver o mundo, e sem uma ampla revisão de nossos valores, continuaremos à deriva, por mais que a ciência e a tecnologia possam nos ajudar. ´"É a dimensão espiritual de nossa existência que vem sendo perigosamente negligenciada durante a era moderna", pensa Charles. Ou, como diria em outra linguagem Jung, vivemos em um tempo em que "os deuses viraram doenças" - depois que abandonamos nossa sabedoria, e deixamos de ver que religião e ciência, matéria e espírito, fazem parte de um todo vivo, consciente e indivisível. Nos tornamos incapazes de seguirmos nossa intuição, e não enxergamos nada além da superfície e da aparência, num modo de vida que nega o lado não material de nossa humanidade. "Vê línguas nas árvores, livros nos regatos correntes, sermões nas pedras, e o bem em tudo", aconselhava o mais ilustre conterrâneo do príncipe, William Shakespeare. O que Charles quer resgatar é a tradição, e não combater o progresso - uma linha de pensamento que é um mantra para uma influente corrente do ambientalismo preocupada com a predação e homogeneização de valores muito acentuada depois da chegada da chamada globalização. "Assim como as espécies naturais, uma vez extintas, não podem ser recriadas em laboratórios, a sabedoria tradicional e perene, uma vez perdida, não pode ser recriada". O quer Charles não quer é um mundo como o descrito por outro conterrâneo, Aldous Huxley, que nos anos 1940 falava profeticamente de um futuro onde dominariam "proteínas para o corpo e romances estúpidos para a mente".
Príncipes podem ser playboys, mas podem ser também cultos e filosofar com propriedade sobre muitas coisas - temos um exemplo admirável aqui em nosso quintal, Dom Pedro II, que era um intelectual preocupado com a natureza e um visionário. Charles é um intelectual e um romântico que proclama, sem qualquer constrangimento, sua idéia de que ao negarmos a beleza negamos a nós mesmos e ao que nos cerca. Seu passeio por ambiente, arquitetura, urbanismo, agricultura, religião, saúde e filosofia não é um capricho de um nobre ao qual sobra tempo - é uma obra de dedicação de décadas. Podemos estar mais conectados do que nunca estivemos antes, por conta da tecnologia da informação, e ainda assim vivemos uma era de grande desconexão, de desnorteamento. "O grande experimento [do homem] distinguir-se do restante da criação fracassou", afirma ele. No jardim de sua residência de campo em Gloucestershire, o príncipe tem um lindo jardim inspirado nos desenhos dos tapetes turcos, derivados dos padrões encontrados nos jardins islâmicos. Lá, Charles plantou figueiras, romãzeiras e oliveiras por causa da menção destas espécies no Alcorão. A vida, nós deveríamos saber, é um permanente estado de oração.
LIGA DAS FLORESTAS - O GREENPEACE CONTA COM VOCÊ
O PRÍNCIPE DAS ENERGIAS SUSTENTÁVEIS
Esta matéria abaixo fala das boas iniciativas do Príncipe Charles em relação aos projetos sustentáveis para o nosso planeta, enfim, se o Reino Unido com a pouca quantidade de energia solar pode ter painéis solares, porque o Brasil com praticamente 365 dias por ano de alta quantidade de sol não segue o mesmo exemplo, perguntas que ficam sem respostas, talvez as nossas iniciativas e a nossa vontade de mudar o padrão energético não sejam tão fortes assim.
Creio que deveríamos trabalhar neste sentido, energia solar e carros elétricos são um bom exemplo de como podemos mudar o nosso pequeno planeta e garantir um mundo melhor para todos nós.
Abaixo a matéria e o nome do interessante livro do Príncipe Charles para quem desejar seguir este caminho de boas energias.
O PRÍNCIPE DA ENERGIA
Na linha do seu livro Harmony: A Revolução da Sustentabilidade — Um Novo Olhar Sobre o Mundo, lançado recentemente, o príncipe Charles anunciou a redução de 22% nas emissões da Clarence House, sua residência oficial em Londres, no ano passado.
Parte desse resultado deve-se ao uso de energias renováveis pela família real. Como exemplo, pode-se citar a instalação de 30 painéis solares na própria Clarence House e outros 400 na fazenda de Charles em Gloustershire. Aliás, vale ressaltar que a energia que não for utilizada entra automaticamente na rede.
Por conta dessas iniciativas, o príncipe Charles pode garantir hoje que cerca de 50% da energia das residências da família real é proveniente de fontes renováveis.
Creio que deveríamos trabalhar neste sentido, energia solar e carros elétricos são um bom exemplo de como podemos mudar o nosso pequeno planeta e garantir um mundo melhor para todos nós.
Abaixo a matéria e o nome do interessante livro do Príncipe Charles para quem desejar seguir este caminho de boas energias.
O PRÍNCIPE DA ENERGIA
Na linha do seu livro Harmony: A Revolução da Sustentabilidade — Um Novo Olhar Sobre o Mundo, lançado recentemente, o príncipe Charles anunciou a redução de 22% nas emissões da Clarence House, sua residência oficial em Londres, no ano passado.
Parte desse resultado deve-se ao uso de energias renováveis pela família real. Como exemplo, pode-se citar a instalação de 30 painéis solares na própria Clarence House e outros 400 na fazenda de Charles em Gloustershire. Aliás, vale ressaltar que a energia que não for utilizada entra automaticamente na rede.
Por conta dessas iniciativas, o príncipe Charles pode garantir hoje que cerca de 50% da energia das residências da família real é proveniente de fontes renováveis.
BOAS NOTICIAS
América Latina é 2º região que mais investe em energias renováveis
DA EFE, EM TORONTO
A América Latina foi em 2010 a segunda região do mundo que mais investiu no setor das energias renováveis, com aumento de 39% com relação ao ano anterior, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta quinta-feira (7).
O setor das energias renováveis recebeu em 2010 no mundo todo investimentos no valor de US$ 211 bilhões, 32% a mais que em 2009 e 540 % acima do valor de 2004.
O relatório do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) assinala que o aumento do número de fazendas eólicas da China e de pequenas plantas solares nos edifícios europeus foram os principais responsáveis pelo aumento significativo dos investimentos em 2010.
Contudo, o documento também aponta que, pela primeira vez, as economias em desenvolvimento superaram às dos países desenvolvidos em termos de "novos investimentos financeiros", ou seja, o gasto em projetos de energias renováveis de grande escala e o fornecimento de capital a companhias deste setor.
No capítulo "Novos Investimentos Financeiros", os países em desenvolvimento destinaram US$ 72 bilhões, US$ 2 bilhões a mais que os países desenvolvidos.
Entre as nações em desenvolvimento, a China foi a que mais investiu em energias renováveis em 2010, com US$ 48,9 bilhões, 28% a mais que em 2009.
A América Latina foi a segunda região do mundo, já que aplicou US$ 13,1 bilhões, um aumento de 39% comparado ao ano anterior.
O Oriente Médio e a África empregaram US$ 5 bilhões, um aumento de 104%, a Índia US$ 3,8 bilhões - 25% de aumento, e os países em desenvolvimento da Ásia (excluindo China e Índia), US$ 4 bilhões - 4% a mais que 2009.
O diretor-executivo do PNUMA e o subsecretário-geral da ONU, Achim Steiner, comunicou em nota oficial que "o crescimento sustentável deste segmento central da economia verde não é uma casualidade".
"A combinação de objetivos estabelecidos pelos governos, políticas de apoio e fundos de estímulo estão sustentando o crescimento do setor de renováveis e aproximando a transformação que tanto é necessária no nosso sistema de energia global", acrescentou Achim.
AMÉRICA LATINA
Na América Latina, o Brasil, o México, o Chile e a Argentina foram os líderes em investimentos de energias renováveis.
O Brasil foi o principal investidor da região, já que empregou US$ 7 bilhões. Porém, paradoxalmente o número foi 5% inferior ao de 2009.
O relatório assinala que a queda de 2010 - que apontou uma baixa contínua em 2009 de 44% - foi consequência da "consolidação do setor de biocombustíveis brasileiro que está em grande medida fragmentado".
"Não foi por falta de interesse, simplesmente ficou concentrado em fusões e aquisições que não são contabilizadas como novos fundos para esse setor", acrescentou o relatório.
E a consolidação do mercado brasileiro vai continuar nos próximos anos porque ainda tem 220 empresas no mercado de etanol, embora apenas 10 tenham capacidade para gerar mais de 10 milhões de toneladas do combustível.
No México, os investimentos aumentaram 348% em 2010, até chegar a US$ 2,32 bilhões, principalmente em energia eólica, mas também em geotérmica, devido à decisão das autoridades mexicanas de aumentar a capacidade das energias renováveis do atual 3,3% ao 7,5% para 2012.
O grande filão desta política é a energia eólica porque os planos do governo mexicano assinalam que 4,3% da energia total do país terão que ser originadas em fazendas de vento. Em 2010, o México financiou 988 megawatts de potência de energia eólica.
No Chile, onde o objetivo é providenciar para que 10% da energia seja renovável até 2025, os investimentos totalizaram US$ 960 milhões, um aumento de 21% comparado a 2009.
Da mesma forma, a Argentina estabeleceu para 2016 que 8% do setor energético proceda de fontes renováveis o que significou em 2010 a multiplicação por sete até chegar a US$ 740 milhões.
Já no Peru, o governo fixou que 5% será proveniente de energias renováveis até 2013. No ano passado, os investimentos chegaram a US$ 480 milhões - mais que o dobro em 2009 - destinados principalmente a pequenas centrais hidroelétricas e a plantas de etanol e biomassa.
Na China, o aumento expressivo dos investimentos esteve dirigido pelo crescimento das fazendas eólicas, que abocanharam 78% da soma durante o ano e acrescentaram 17 GWh de potência ao país.
No final de 2010, a capacidade total das fazendas eólicas chinesas era de 42,5 GWh, a maior do mundo e dez vezes mais que a Dinamarca.
DA EFE, EM TORONTO
A América Latina foi em 2010 a segunda região do mundo que mais investiu no setor das energias renováveis, com aumento de 39% com relação ao ano anterior, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta quinta-feira (7).
O setor das energias renováveis recebeu em 2010 no mundo todo investimentos no valor de US$ 211 bilhões, 32% a mais que em 2009 e 540 % acima do valor de 2004.
O relatório do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) assinala que o aumento do número de fazendas eólicas da China e de pequenas plantas solares nos edifícios europeus foram os principais responsáveis pelo aumento significativo dos investimentos em 2010.
Contudo, o documento também aponta que, pela primeira vez, as economias em desenvolvimento superaram às dos países desenvolvidos em termos de "novos investimentos financeiros", ou seja, o gasto em projetos de energias renováveis de grande escala e o fornecimento de capital a companhias deste setor.
No capítulo "Novos Investimentos Financeiros", os países em desenvolvimento destinaram US$ 72 bilhões, US$ 2 bilhões a mais que os países desenvolvidos.
Entre as nações em desenvolvimento, a China foi a que mais investiu em energias renováveis em 2010, com US$ 48,9 bilhões, 28% a mais que em 2009.
A América Latina foi a segunda região do mundo, já que aplicou US$ 13,1 bilhões, um aumento de 39% comparado ao ano anterior.
O Oriente Médio e a África empregaram US$ 5 bilhões, um aumento de 104%, a Índia US$ 3,8 bilhões - 25% de aumento, e os países em desenvolvimento da Ásia (excluindo China e Índia), US$ 4 bilhões - 4% a mais que 2009.
O diretor-executivo do PNUMA e o subsecretário-geral da ONU, Achim Steiner, comunicou em nota oficial que "o crescimento sustentável deste segmento central da economia verde não é uma casualidade".
"A combinação de objetivos estabelecidos pelos governos, políticas de apoio e fundos de estímulo estão sustentando o crescimento do setor de renováveis e aproximando a transformação que tanto é necessária no nosso sistema de energia global", acrescentou Achim.
AMÉRICA LATINA
Na América Latina, o Brasil, o México, o Chile e a Argentina foram os líderes em investimentos de energias renováveis.
O Brasil foi o principal investidor da região, já que empregou US$ 7 bilhões. Porém, paradoxalmente o número foi 5% inferior ao de 2009.
O relatório assinala que a queda de 2010 - que apontou uma baixa contínua em 2009 de 44% - foi consequência da "consolidação do setor de biocombustíveis brasileiro que está em grande medida fragmentado".
"Não foi por falta de interesse, simplesmente ficou concentrado em fusões e aquisições que não são contabilizadas como novos fundos para esse setor", acrescentou o relatório.
E a consolidação do mercado brasileiro vai continuar nos próximos anos porque ainda tem 220 empresas no mercado de etanol, embora apenas 10 tenham capacidade para gerar mais de 10 milhões de toneladas do combustível.
No México, os investimentos aumentaram 348% em 2010, até chegar a US$ 2,32 bilhões, principalmente em energia eólica, mas também em geotérmica, devido à decisão das autoridades mexicanas de aumentar a capacidade das energias renováveis do atual 3,3% ao 7,5% para 2012.
O grande filão desta política é a energia eólica porque os planos do governo mexicano assinalam que 4,3% da energia total do país terão que ser originadas em fazendas de vento. Em 2010, o México financiou 988 megawatts de potência de energia eólica.
No Chile, onde o objetivo é providenciar para que 10% da energia seja renovável até 2025, os investimentos totalizaram US$ 960 milhões, um aumento de 21% comparado a 2009.
Da mesma forma, a Argentina estabeleceu para 2016 que 8% do setor energético proceda de fontes renováveis o que significou em 2010 a multiplicação por sete até chegar a US$ 740 milhões.
Já no Peru, o governo fixou que 5% será proveniente de energias renováveis até 2013. No ano passado, os investimentos chegaram a US$ 480 milhões - mais que o dobro em 2009 - destinados principalmente a pequenas centrais hidroelétricas e a plantas de etanol e biomassa.
Na China, o aumento expressivo dos investimentos esteve dirigido pelo crescimento das fazendas eólicas, que abocanharam 78% da soma durante o ano e acrescentaram 17 GWh de potência ao país.
No final de 2010, a capacidade total das fazendas eólicas chinesas era de 42,5 GWh, a maior do mundo e dez vezes mais que a Dinamarca.
O DESMATAMENTO CONTINUA NA GRANDE FLORESTA
Noticia publicada esta semana na Folha Online mostra que a ação predatória na Grande Floresta continua acelerada, com pouca fiscalização e enorme extensão territorial realmente o problema amazônico avança.
Abaixo a preocupante matéria.
01/07/2011 - 08h21
Ibama flagra desmatamento feito com aviões na Amazônia.
O Ibama identificou uma área de floresta amazônica, do tamanho de 180 campos de futebol, destruída pela ação de herbicidas.
A terra, que pertence à União, fica ao sul do município amazonense de Canutama, na fronteira com Rondônia. O responsável pelo crime ambiental ainda não foi identificado pelo órgão.
Em sobrevoo de duas horas de helicóptero, na segunda semana de junho, analistas do Ibama observaram milhares de árvores em pé, mas desfolhadas e esbranquiçadas pela ação do veneno.
Encontraram também vestígios de extração de madeira por motosserras e queimadas, práticas usadas para limpar o terreno. Especialistas dizem que os agrotóxicos, pulverizados de avião sobre as florestas nativas, matam as árvores de imediato, contaminam solo, lençóis freáticos, animais e pessoas.
Anteontem, a Folha informou que o Ibama apreendera quatro toneladas de agrotóxicos que seriam usados para esse fim. Até agora, o único registro de uso dessas substâncias em desmatamentos no Estado era de 1999.
O Ibama de Rondônia, por sua vez, afirma que, em 2008, flagrou uma área de cinco hectares destruída por herbicidas na região de São Francisco do Guaporé.
FLORESTAS PÚBLICAS
Jerfferson Lobato, chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama no Amazonas, afirma que o uso de agrotóxicos acelera o desmatamento de florestas públicas (pertencentes à União ou aos Estados), que são um dos alvos da ação de grileiros, fazendeiros e madeireiros.
O fenômeno é recente, no entanto. O mais comum é devastar com motosserras, tratores e queimadas.
"Eles [os infratores] mudaram de estratégia porque em pouco tempo conseguem destruir mais áreas com os agrotóxicos. Assim, deixam de mobilizar muitos extratores para driblar a fiscalização do Ibama", afirmou Lobato.
O Ibama chegou à área destruída, de 178 hectares, depois que o sistema por satélite Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), apontou indícios do crime ambiental. "Fomos verificar e confirmamos a destruição."
Para encontrar o local no sul de Canutama (555 km em linha reta de Manaus), os analistas ambientais do Ibama partiram de helicóptero de Humaitá (AM) em direção a Porto Velho (RO).
A terra atingida fica entre o Parque Nacional de Mapinguari e a terra indígena Jacareúba/Katawixi, que ainda não foi demarcada. De acordo com o chefe da delegacia especializada em repressão contra crimes ambientais e patrimônio histórico da Polícia Federal, delegado Carlos André Gastão, pulverizar agrotóxicos em florestas é crime.
Um inquérito deve ser aberto para investigar a denúncia, após a notificação do Ibama. "A pessoa será responsabilizada pelo uso indevido de agrotóxicos e pelo desmatamento", disse. A multa pode chegar a R$ 2 milhões, afirma o órgão.
ALTA E BAIXA
O Inpe divulgou ontem os dados do Deter correspondentes ao mês de maio deste ano. Foram derrubados 268 km² de mata na Amazônia, um aumento em torno de 2,5 vezes em relação ao mesmo mês do ano passado.
É, no entanto, uma desaceleração no desmate em relação aos meses de março e abril, quando a média da área derrubada chegou a quase 300 km². O governo atribui a diferença ao fortalecimento da fiscalização em abril.
Abaixo a preocupante matéria.
01/07/2011 - 08h21
Ibama flagra desmatamento feito com aviões na Amazônia.
O Ibama identificou uma área de floresta amazônica, do tamanho de 180 campos de futebol, destruída pela ação de herbicidas.
A terra, que pertence à União, fica ao sul do município amazonense de Canutama, na fronteira com Rondônia. O responsável pelo crime ambiental ainda não foi identificado pelo órgão.
Em sobrevoo de duas horas de helicóptero, na segunda semana de junho, analistas do Ibama observaram milhares de árvores em pé, mas desfolhadas e esbranquiçadas pela ação do veneno.
Encontraram também vestígios de extração de madeira por motosserras e queimadas, práticas usadas para limpar o terreno. Especialistas dizem que os agrotóxicos, pulverizados de avião sobre as florestas nativas, matam as árvores de imediato, contaminam solo, lençóis freáticos, animais e pessoas.
Anteontem, a Folha informou que o Ibama apreendera quatro toneladas de agrotóxicos que seriam usados para esse fim. Até agora, o único registro de uso dessas substâncias em desmatamentos no Estado era de 1999.
O Ibama de Rondônia, por sua vez, afirma que, em 2008, flagrou uma área de cinco hectares destruída por herbicidas na região de São Francisco do Guaporé.
FLORESTAS PÚBLICAS
Jerfferson Lobato, chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama no Amazonas, afirma que o uso de agrotóxicos acelera o desmatamento de florestas públicas (pertencentes à União ou aos Estados), que são um dos alvos da ação de grileiros, fazendeiros e madeireiros.
O fenômeno é recente, no entanto. O mais comum é devastar com motosserras, tratores e queimadas.
"Eles [os infratores] mudaram de estratégia porque em pouco tempo conseguem destruir mais áreas com os agrotóxicos. Assim, deixam de mobilizar muitos extratores para driblar a fiscalização do Ibama", afirmou Lobato.
O Ibama chegou à área destruída, de 178 hectares, depois que o sistema por satélite Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), apontou indícios do crime ambiental. "Fomos verificar e confirmamos a destruição."
Para encontrar o local no sul de Canutama (555 km em linha reta de Manaus), os analistas ambientais do Ibama partiram de helicóptero de Humaitá (AM) em direção a Porto Velho (RO).
A terra atingida fica entre o Parque Nacional de Mapinguari e a terra indígena Jacareúba/Katawixi, que ainda não foi demarcada. De acordo com o chefe da delegacia especializada em repressão contra crimes ambientais e patrimônio histórico da Polícia Federal, delegado Carlos André Gastão, pulverizar agrotóxicos em florestas é crime.
Um inquérito deve ser aberto para investigar a denúncia, após a notificação do Ibama. "A pessoa será responsabilizada pelo uso indevido de agrotóxicos e pelo desmatamento", disse. A multa pode chegar a R$ 2 milhões, afirma o órgão.
ALTA E BAIXA
O Inpe divulgou ontem os dados do Deter correspondentes ao mês de maio deste ano. Foram derrubados 268 km² de mata na Amazônia, um aumento em torno de 2,5 vezes em relação ao mesmo mês do ano passado.
É, no entanto, uma desaceleração no desmate em relação aos meses de março e abril, quando a média da área derrubada chegou a quase 300 km². O governo atribui a diferença ao fortalecimento da fiscalização em abril.
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